domingo, 29 de março de 2009

O Vírus "fizes-te"

Este é um assunto bastante delicado e que me causa particular comichão a nível do cotovelo esquerdo.

De onde apareceu?

Sei lá! Não me façam perguntas difíceis.

Mas uma coisa é certa… não é um caso isolado. Todos nós conhecemos a estirpe deste vírus “Onde é que fostes?” “E gostastes?” “Com quem tivestes?” “A que horas viestes?” que atacou e continua atacar o nosso país e que em certos casos, infelizmente, não tem cura, tendo um efeito irreversível como por exemplo nos taxistas e em toda e qualquer taberna lusitana.

Mas esta nova mutação é bastante mais grave não afectando a fala mas sim a escrita do nosso querido Pretérito Perfeito, criando expressões como “o que é que fizes-te?” “O que é que comes-te?” “Com quem estives-te?”.

Alguns de vocês devem se estar a perguntar: “Mas onde é que está o erro?”

Para vocês ... não há presunto no Natal!!

Eu até nem sou de intrigas mas eu diria que as palavras “fizes” ou “estives” são capazes de não existir.

Segundo um estudo feito por mim muito recentemente (há cerca de 3:47 minutos), 50% da população sofre deste vírus. Este estudo tem uma margem de erro mínima pois foi utilizada uma amostra bastante significativa da população (2 pessoas).

Apesar de ser grave, já existe cura! Basta que tomem à risca os seguintes medicamentos:

- uma dose de “Cuidado com a Língua!” por semana, todas as segundas-feiras pelas 21h15 na RTP1;

- uma colherzinha (de sopa) de mel todos os dias ao deitar.



Vamos acabar com este terrorismo contra a nossa Língua Portuguesa!

2ª Pessoa do Singular do Pretérito Perfeito, estou contigo!



Na próxima edição, a análise ao vírus “póssamos” que afecta os nossos futebolistas...

S.

sábado, 28 de março de 2009

Problemas de identidade

Na minha opinião, caros leitores, existe uma seita, uma religião - chamem-lhe o que quiserem - que tem, como receptor de todas as preces, o ornitorrinco.
E as pessoas que, secretamente, veneram tal animal, são todas aquelas que, para nos responderem se vão ou não ao nosso aniversário, nos dizem 43 vezes que não vão e 44 que vão (intercaladas, obviamente).
São todas aquelas pessoas que nos dizem que detestam comida chinesa e, duas semanas mais tarde, as encontramos afogadas numa tigela de sopa de barbatana de tubarão, depois de terem aspirado três crepes chineses com molho de soja.
Já para não falar das hóstias de camarão.
Essas então são umas malucas...
Bom... Isto tudo porque, na minha mais humilde opinião, o ornitorrinco é o animal mais indeciso que alguma vez habitou a Terra.
A sério.
"Ah, eu sou tão social, tanto posso falar de amamentar com uma leoa como me posso queixar do quanto custa chocar os ovos com uma tartaruga.".
É que eles gabam-se mesmo disto.
Sim, caso não saibam, o ornitorrinco é o único mamífero que põe ovos. E é, seguindo a lógica, o único animal que põe ovos que tem pêlo de mamífero.
É mamífero, mas põe ovos. Mas é mamífero, só que põe ovos. Mas calma, é mamífero. Só que põ.. Okay.
Epah, decide-te.
Ou és mamífero ou não.
Já nos basta o Castelo Branco.
Mas isso é outra história.


B.

terça-feira, 24 de março de 2009

Ah, Tarantino!

Durante todos estes anos de vida, até há cerca de 30 minutos, vivi coxo.
Mas atenção... não coxeava só porque é giro coxear. Havia uma parte de mim que me faltava, que insistia em fugir sempre que a tentava agarrar.
Faltava-me ver o Pulp Fiction.
Eis o que tenho a dizer:
Que grande Tarantino. É que escrever um filme estando no estado em que ele devia estar quando o escreveu não deve ser coisa fácil. E manter-se assim tão alterado durante a fase de filmagem, realização e promoção também não deve ser muito agradável para o nariz, de tanto pó que deve lá ter entrado.
Os meus sinceros parabéns à resistência física do Mr. Quentin, já para não falar da sua abençoada loucura.


B.

Aperto de mão

Não percebo a polémica que se gerou à volta da "peitada" do Pedro Silva ao Sr. Lucílo Baptista. Na óptica do árbitro internacional o jogador leonino joga a bola com a mão e não com o peito, logo, o Pedrocas limitou-se a ir cumprimentá-lo... com a mão! Tanto que o ladr... o árbitro desculpem! diz que não se apercebeu de nada...

...pois tudo não passou de um aperto de mão.

S.

Afinco desmedido

A televisão portuguesa é algo que sempre me fascinou. Temos de tudo. E quando digo de tudo, quero dizer... de tudo. Até programas em que o apresentador leva a cabo um ritual qualquer, em frente a um ecrã de 4x3m, no qual está exposto um traseiro brasileiro (também ele de 4x3m) de uma actriz que está a testar a fidelidade do parceiro de alguma pobre rapariga, perante milhões de espectadores (nada combinado. Nada.).
Mas não é sobre o Jornal Nacional que vos venho falar hoje. Já toda a gente viu, pelo menos uma vez, aqueles 10 minutos de grande qualidade do programa “Contacto” – a Tertúlia Cor-de-Rosa. Caros leitores, já alguma vez presenciaram, em televisão, algo que conseguisse superar a grandiosidade desses 10 minutos?
Eu já. E se não presenciaram nada melhor... Pois. É que não é assim tão difícil.
Vá... sejamos justos. Sabemos que aquilo é mau e que quem aceita lá ir comentar a vida das nossas celebridades devia ter o chão do corredor até ao seu camarote forrado com uns quantos pionés voltados para cima, só para aleijar um bocadinho, mas nota-se claramente os que vivem aquelas discussões e os que não vivem. Conseguem adivinhar alguém que viva como se não houvesse amanhã? Eu ajudo-vos.
Cláudio Ramos.
Há coisa de algum tempo atrás, na altura em que o Angélico soube das traições da Rita Pereira (vêem como se localizaram logo no tempo?), assisti a uma discussão na Tertúlia com esse mesmo tema. Sim senhor, a discussão era no mínimo parva, mas o grau de envolvimento pessoal de cada um dos elementos era bastante aceitável. Ninguém estava exaltado e até parecia que estavam à espera de poder sair dali. Menos uma pessoa.
O Claudinho estava exaltadíssimo, com um afinco como eu nunca tinha visto, como se as acções do Angélico fossem ressuscitar o Elvis. Num primeiro pensamento, a ideia de praticar o lançamento do paralelo tendo como alvo a testa do Claudinho, assim em jeito de maldade, até parece uma boa ideia, mas depois de ter pensado duas ou três vezes cheguei à conclusão de que aquele momento terá sido, muito provavelmente, o momento alto do dia dele. Sim, deve ser isso.
Epá.. Não. Não dá.
São agora 23.35 e estou a pensar no Cláudio Ramos... Não estou a perceber.
Vou ver o Caminho das Índias.
Olha um paralelo.

B.

O novo Windows Live Messenger

Porquê? Para quê? Qual é o objectivo de estar sempre a mudar? Ninguém vai deixar de o usar por ser sempre igual, não fosse o Messenger um bem essencial como a água ou o Aimar no Benfica. O Homem não vai deixar de beber água por esta ser sempre transparente nem o Quique vai deixar de utilizar o Aimar por ele parecer o Batatinha com aquele cabelo…
Visto que estamos todos de acordo neste ponto volto a fazer a pergunta: Para quê?…


Exacto! Foi essa a conclusão a que cheguei… pra nada! Quando se lança uma nova versão de um programa é porque tem melhorias em relação à versão anterior, certo? Pegando neste pressuposto vamos analisar essas “melhorias” .
A primeira em que reparei, aquela que me saltou logo a vista, foi a subtil mudança da posição das imagens de apresentação do lado direito para o lado esquerdo do ecrã. Facilmente se percebe que isto não foi nada mais que uma manobra de marketing do nosso amigo Francisco Louçã para “fazer as pessoas olharem mais para a esquerda”.

Esperem! Esperem! Não se vão já embora! Eu assumo que este último trocadilho não foi a última loucura, foi mais forte que eu…

Segunda particularidade deste novo programa é o facto de alguém se ter lembrado que não fazia sentido nenhum os contactos serem acompanhados por um bonequinho (imagem de marca do Messenger) que indica o estado de cada um, e tê-los substituído por semáforos. A princípio gostei do conceito: verde está disponível, vermelho é para ficar a falar sozinho mas… e o amarelo?? Segundo o código da estrada é para abrandar, mas toda a gente acelera, muitos passando mesmo o vermelho (sacanas esses gajos! nunca faria uma coisa dessas eu!), o que me deixou confuso em relação às pessoas com quem deva falar ou não.


Terceira novidade nesta obra prima é o assassínio de uma das maiores criações dos últimos anos a par da Wikipédia e do Big Mac… as pastas partilhadas!! Esse valioso instrumento de competição masculina (sim de competição, não se façam de desentendidos!), ao contrário do que muitos pensam, não foi concebido para partilhar ficheiros mas sim, para partilhar as fotos das amigas, com o intuito de perceber quem tem as amigas mais boas. Isto foi o que me contaram atenção! Longe d mim fazer tal coisa… isso e passar vermelhos!

Posto isto penso que este novo msn é bastante (in)útil… mas isso sou eu… que sou parvo!

S.

É Aqui

É aqui.
Não, aí não. Aqui.
Isso é a cozinha. Mais para este lado.
Pronto, aqui mesmo.
Aqui se inicia uma nova fase da vida de dois estudantes universitários com demasiado tempo livre. Mesmo o tempo que não é livre é, muitas vezes, ocupado com tentativas inconsequentes de o tornar livre, de forma a mudar qualquer coisa através desses barulhos irritantes aos quais chamamos pensamentos.
A mudar qualquer coisa... O quê, concretamente? – perguntam vocês, estimados leitores (avisamos desde já que quem visitar esta página pelo menos uma vez por semana recebe um presunto no Natal). Não sabemos, mas esperamos vir a saber qualquer dia.
Somos duas pessoas extremamente interessantes mas, acima de tudo, duas fontes de informações incrivelmente inúteis. Tal fusão cria um ser a quem gostaríamos de atribuir um nome. Só mesmo para termos como o chamar para jantar.
Por uma simples razão, que está longe de ser o medo de sermos apedrejados, decidimos manter o anonimato, pelo que assinaremos os nossos posts por B ou S.

Esperamos que se tornem visitantes assíduos, nem que seja para ganharem o presunto no Natal.

B e S.