terça-feira, 24 de março de 2009

Afinco desmedido

A televisão portuguesa é algo que sempre me fascinou. Temos de tudo. E quando digo de tudo, quero dizer... de tudo. Até programas em que o apresentador leva a cabo um ritual qualquer, em frente a um ecrã de 4x3m, no qual está exposto um traseiro brasileiro (também ele de 4x3m) de uma actriz que está a testar a fidelidade do parceiro de alguma pobre rapariga, perante milhões de espectadores (nada combinado. Nada.).
Mas não é sobre o Jornal Nacional que vos venho falar hoje. Já toda a gente viu, pelo menos uma vez, aqueles 10 minutos de grande qualidade do programa “Contacto” – a Tertúlia Cor-de-Rosa. Caros leitores, já alguma vez presenciaram, em televisão, algo que conseguisse superar a grandiosidade desses 10 minutos?
Eu já. E se não presenciaram nada melhor... Pois. É que não é assim tão difícil.
Vá... sejamos justos. Sabemos que aquilo é mau e que quem aceita lá ir comentar a vida das nossas celebridades devia ter o chão do corredor até ao seu camarote forrado com uns quantos pionés voltados para cima, só para aleijar um bocadinho, mas nota-se claramente os que vivem aquelas discussões e os que não vivem. Conseguem adivinhar alguém que viva como se não houvesse amanhã? Eu ajudo-vos.
Cláudio Ramos.
Há coisa de algum tempo atrás, na altura em que o Angélico soube das traições da Rita Pereira (vêem como se localizaram logo no tempo?), assisti a uma discussão na Tertúlia com esse mesmo tema. Sim senhor, a discussão era no mínimo parva, mas o grau de envolvimento pessoal de cada um dos elementos era bastante aceitável. Ninguém estava exaltado e até parecia que estavam à espera de poder sair dali. Menos uma pessoa.
O Claudinho estava exaltadíssimo, com um afinco como eu nunca tinha visto, como se as acções do Angélico fossem ressuscitar o Elvis. Num primeiro pensamento, a ideia de praticar o lançamento do paralelo tendo como alvo a testa do Claudinho, assim em jeito de maldade, até parece uma boa ideia, mas depois de ter pensado duas ou três vezes cheguei à conclusão de que aquele momento terá sido, muito provavelmente, o momento alto do dia dele. Sim, deve ser isso.
Epá.. Não. Não dá.
São agora 23.35 e estou a pensar no Cláudio Ramos... Não estou a perceber.
Vou ver o Caminho das Índias.
Olha um paralelo.

B.

1 comentário:

  1. "Mas não é sobre o Jornal Nacional que vos venho falar hoje." :amen: ahahahah

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